terça-feira, 30 de outubro de 2007

Tira de terça-feira (II)

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Deve ser o livro a comprar quando se descobre que se está há espera de bebé. Antes mesmo dos tradicionais manuais "como ser mãe em 22 lições"...
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Durante a minha primeira gravidez, o meu marido esteve 2 meses em casa a recuperar de uma intervenção cirúrgica, a maioria do tempo deitado. Rimos tanto, que correu o risco de rebentar os pontos!
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Vale mesmo a pena! Já vai no 21º volume, mas nos EUA já saiu o 22º.
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Estamos há espera!

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

DEBAIXO DE ÁGUA


Nada melhor do que um mergulho para retemperar! Mesmo se esse mergulho for por detrás do vidro...

E lá fomos nós, todos contentes, ver o Peixe-Lua! Era esse o grande interesse do Diogo! Tínhamos lido um artigo sobre este peixe e ele estava muito curioso.

Para mim, que o fundo do mar é algo transcendentemente lindo, onde efectivamente estamos noutro mundo e em que o tempo tem outro tempo, adorei partilhar esta minha paixão com os meus míudos! Pena é a qualidade das fotografias, mas com um telemóvel não se pode fazer melhor...

Tenho amigos que me dizem que estas coisas devem ser só vistas por crianças mais velhas, que não vale a pena porque com estas idades nem se vão lembrar, mas penso precisamente o contrário! Provavelmente o Diogo e, sem dúvida, a Marta daqui a 1 ano não vão ter memória deste passeio, mas acredito que vai permanecer nas suas cabeças e que os vai ajudar a olhar para o nosso mundo de maneira diferente.


A Marta, sempre carinhosa, com a cara encostada ao vidro do tanque principal, à espera que o "pesse" lhe viesse dar um beijo, trouxe-me lágrimas aos olhos e penso que me revi ali, há 35 anos atrás, em qualquer sítio semelhante... talvez no Aquário Vasco da Gama...

E o Diogo, com a sua energia electrizante, sempre a querer outra coisa, sempre a correr para ver tudo, sentado no chão, sem falar, quase sem respirar, só a olhar para aquele azul imenso... Os meus amigos que me desculpem, mas vale mesmo a pena!

A Tristeza e a Alegria andam de mãos dadas, lado a lado como gémeos siameses, e assim que pensamos estar a ver uma, estamos realmente a olhar para a outra!

Uma óptima semana para todos!


sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Tristeza


Hoje estou triste.

E mais triste estou por ir começar, triste, um fim-de-semana.

Estes dias deviam ser felizes, com momentos revigorantes, cheios de ternuras e carinhos, de enamorados enamoramentos, de paisagens em quentes azuis e risos de crianças... gargalhadas suaves que vêm de dentro de almas puras, que crescem até contagiarem tudo à volta.

Espero conseguir sorrir por dentro, nestes dois dias, para poder sorrir por fora. Espero que as perguntas simples do meu filho e o amor sem cobrança da minha filha sejam mais poderosos do que a tristeza que hoje sinto.

Hoje, véspera de um fim-de-semana...

quinta-feira, 25 de outubro de 2007


No domingo, depois de um passeio à beira rio com os miúdos, resolvemos fugir ao trânsito que se adivinhava depois de mais um dia soberbo e subimos em direcção à 2ª Circular.
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Na Av. Santo Condestável tivemos esta visão.
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São os resquícios de mais uma feira do Relógio...

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

A Verdade Nua e Crua

Ontem levei o meu filho mais velho (são quase 5 anos!) à exposição do Corpo Humano. Hesitei muito tempo por achar que o podia impressionar, que poderia não ser para a idade dele, mas ao falar com uma amiga que me contou como era, decidi ir!
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E ainda bem! O Diogo adorou! Não faço ideia se foi a exposição mais indicada (para a próxima vai ver marionetes...), mas ele andava de um lado para o outro, a ouvir a explicação no gravador, chamava-me para ver os "corpinhos" que lhe despertavam a atenção a perceber o porquê de certas coisas do seu próprio corpo. No final quis fazer um desenho, que lá ficou, a ilustrar o que tinha visto. Desenhou o "corpo todo cortadinho aos bocadinhos fininhos" e ele próprio, inteiro, a observar.
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Hoje é o último dia desta exposição e vale mesmo a pena! Para quem achar que se vai impressionar, talvez vá, mas também vai aprender, sentir e ver "tudo o que temos cá dentro".
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Nota: Comprem os bilhetes pela internet. Evitam a fila que está para a bilheteira...

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Eu tenho um calvin dentro casa

Terça-feira, dia de tira! Esta saiu no Público em 2005 e ofereci-a ao meu marido para a pôr na secretária e pensar no que realmente estava a perder quando estava a trabalhar...

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Memórias II

Como estava a dizer no post anterior, a minha amiga e eu somos totalmente diferentes... e claro, ela não é a lamechas desta relação!
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Ficou toda sentimental e arrepiada com a declaração de amizade que lhe fiz, e "que não devia escrever isto aqui sem a avisar", blá blá blá, blá blá blá...
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O que ela queria que eu dissesse era isto:
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"Rosete (numa clara alusão aos Taxi e às vezes em que, em miúda, me empoleirava no muro da quinta dos meus avós a olhar para a tal casa de meninas...), és altamente, uma gaja impecável e não sei o que seria de mim sem ti!
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Passámos por muita coisa, mas saímos sempre mais fortes e somos hoje o que vivemos ontem. Foram para aí uns 15 anos de saídas, copos, risos, choros, passeios, viagens, noitadas, directas com idas à baixa, de Sherlock Holmes, de conversas sem fim, de ombros, conquistas, asneiras e imensas confidências!
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Vá, agora não te ponhas "praí" a fungar, arrasta as pantufas e vai lá, de cigarro na mão, buscar o lenço que há-de andar por aí bem pertinho! E diz: "-Esta gaja tá parva!"
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Boa noite! Quarta-feira está quase a chegar!

domingo, 21 de outubro de 2007

Memórias

A navegar encostei num cais e encontrei este post... cheguei a um lugar onde não estava há muito...

Obrigada, papi, por me teres oferecido este livro! Era tão pequena que as memórias chegaram meio turvas, meio misturadas. Lembro-me de o levar para toda a parte, de o dobrar para caber nos bolsos e de o mostrar a quem o merecia, de o riscar quando me zangava, de me rir e de chorar com ele. Um dia deixei de o querer... nem sei onde andará...

Fez-me pensar na minha amiga. Quantos anos são? Temos sempre dificuldade em ver há quantos anos foi o quê e fazemos as maiores confusões. Deve ser por parecer que estivemos sempre ali, e que tudo se passou com uma e com a outra!

Mas estiveste aqui, nas minhas maiores alegrias e nos meus momentos de grande tristeza, em que não sabia se continuava, em que respirava só porque estava viva e só andava porque caminhavas a meu lado. Ainda há pouco dividi contigo uma grande perda...
Mas iremos continuar, tenho a certeza, a suportar nos próprios ombros as dificuladades da outra, a vibrar com os grandes pequenos acontecimentos e a começar as frases a meio do pensamento sem precisar contextualizar!

Somos tão diferentes, pensamos muitas vezes de maneiras tão opostas, que acho ser isso que nos torna "uma alma com dois corpos".

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

E quem pode não gostar?






O Diogo deitado no sofá, de pijama, ar ensonado, com a mana sentada coladinha a ele, afirmou esta manhã:

"- Sabes mamã, eu gosto muito de mim!"

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

O tempo não para

A Martinha começou há dias a juntar palavras, a dizer frases! Assim mesmo, apontou e disse!

Eu, babadíssima, bati palmas, abracei-a e massacrei-a com beijos barulhentos, com um "- ai és tão linda!"...

O mundo dela começou a abrir-se! Deixou de ser só ela (e eu) e começou a interagir de uma forma totalmente diferente com as pessoas e com as coisas. Tem quase 19 meses...

Ah, a frase linda, maravilhosa e única que gerou esta alegria toda foi "- Mamã xixi"... Pois...

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Vamos olhar com olhos de ver!

" - Uns pais cuidadosos, que tinham sempre o filho pequeno debaixo de olho, entraram numa loja. Queriam comprar algo e começaram a falar com o vendedor. O filho de 3 anos saiu e foi para um pátio, aparentemente seguro, brincar. Ficou sozinho. Viu, em cima um móvel, uma garrafa com um Xis desenhado e com líquido lá dentro. Escalou até lá cima... Bebeu o líquido. O liquido não se devia beber. O líquido era muito venenoso e perigoso. A criança acabou por morrer por causa desse líquido."

Foi assim que respondi ao Diogo quando me perguntou o que tinha acontecido ao menino de quem se falava na televisão. Ele retorquiu: "- Então não devia estar lá essa garrafa! Devia estar num armário alto fechado!". E digo eu: " - Pois é, amor, pois devia, mas não estava... por isso te digo sempre que nunca deves beber nem comer nada sem ser a mamã a dar." E continua ele: " - Pois, como ontem no café, quando bebi daquele copo que estava em cima de uma mesa! Estava cheio de sede..."

Eu não percebo nada de leis, de processos jurídicos, de acordãos ou sentenças. E como tal não sei quem, por lei, deveria ter sido condenado, mas tenho a certeza de quem se sente culpado. E não são só essas duas pessoas, são também as outras... o único que tenho a certeza não ter tido culpa nenhuma não está aqui. Infelizmente.

Só nos resta, a todos, a cada um de nós, aprendermos com este acontecimento dramático...

Até já

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Pequenos nadas que fazem tudo

Estava eu a tentar coser (sou uma nódoa!) um puff enorme, cheio de bolinhas de esferovite, que o Diogo, com o seu milesimo salto, conseguiu fazer um buracão, quando reparei na Martinha...

Quase 19 meses, espertíssima e observadora (não fosse eu a mãe) e irmã mais nova de um miúdo chamado eléctrico, estava sentada no chão a calçar sapatos alheios (tarefa que lhe toma 75% do tempo). Então pegava no sapatão, estendia o pezinho mínimo e limpava-o com a mão antes de o calçar. Exactamente o que eu lhe faço sempre antes de lhe calçar os sapatos...

Passamos talvez mais de metade do tempo que temos para estar com os nossos filhos a ralhar, a dizer para irem arrumar os brinquedos, para comerem a sopa, e o segundo prato, e a fruta toda, para pararem de gritar, de saltar, de falar, e que já chega de televisão e de sei lá mais o quê e se repararmos bem, basta dar o exemplo! Sim, claro já sabemos e até estamos sempre a dizer isso, mas será que o fazemos? Será que seguimos o exemplo que dizemos para eles seguirem?

Resolução do dia: Falar mais baixo com os miúdos! É que o Diogo grita tanto...

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Segurança acima de tudo

Sim, já sei que sou meia fanática e hiper preocupada com a segurança das crianças, mas se não o fizer por elas, quem o faz?

Na praia tento ler um livro, mas como passo o tempo a levantar a cabeça à procura dos meus doces, leio sempre a mesma frase, por estar sempre a olhar para todos os lados nunca me bronzeio na cara (há-de ter os seus benefícios!) e nunca mais, em 5 anos, tomei um banho de mar descansada...

Nos parques nunca perco os miúdos do meu ângulo de visão, fiscalizo o estado dos divertimentos, procuro pontos perigosos...

Piscinas sempre com protecção! Braçadeiras nos braços 24 horas e dois olhos em cima constantemente!

O chapéu é sempre obrigatório, mesmo que tape os olhos!

E no automóvel viro uma fera! Não há brincadeiras de tirar braços dos cintos, se não há cadeira não há passeio, miúdos virados para trás até aos 2 anos (isto faz uma confusão à maioria...), telemóveis nem pensar (o meu marido arrisca-se a que eu o denuncie às autoridades competentes...) e só muito de vez em quando cedo ao meu filho e deixo-o descer e subir no meu colo uma rua sem transito, sem saída, sem carros...

Hoje vejo uma mãe recente com o seu filho ao colo, a apitar toda contente, a alguma velocidade, rua abaixo, na curva, um outro carro a sair do estacionamento, travagem brusca, grande susto, mas só susto... E se não é só susto? Será isto necessário? Será aceitável?!

terça-feira, 9 de outubro de 2007

o dia em que eu saí de mim

Andava a ver o youtube (foi a minha primeira vez!) e encontrei montanhas de vídeos com nascimentos. De pés, de cabeça, de 1, de 4, com ou sem cortes, por um lado ou pelo outro, com 2 ou mais patitas, com ou sem gritos, com ou sem dor...
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O dia em que o meu filho nasceu foi o dia em que eu saí de mim, andei por aí a absorver qualquer coisa e depois voltei. Durou um nanossegundo, durante o atirar da cabeça para trás, fechar e voltar a abrir os olhos.
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Já não sou a mesma pessoa. Quer dizer, sou, mas não sou! Agora aquele bocadinho também era eu e a olhar para ele, olhava para mim.
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Sempre acreditei que a dor de parto é uma dor psicológica que se torna física. Que se pode tornar insuportável, não duvido, mas que começa por um grande medo... de ter dor! Em miúda alguém me contou que em África há sociedades em que a mulher quando sente que o bebé vai nascer, se afasta da aldeia, escolhe uma árvore, e dá à luz ali debaixo, sem ajuda, sem gritos de dor... pensei que o meu dia chegaria e eu iria confirmar esta "fábula"...
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Depois de uma noite mal dormida, em que sonhava que me estava a aparecer o período, às 10h da manhã pus a hipótese... trabalho de parto... 3 horas mais tarde entrei no hospital. A meio encontrei-me com o tal medo e pedi a epidural! Não era necessário, bem sei, mas o MEDO... tomei uma dose pequena, de teste, para ver o que acontecia e às 17:22 nascia o meu Scopianito! Dia 10 de Novembro de 2002! Foi a data da minha revolução!
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Quando o vi sair de mim, um rapaz, só dizia "- tão pequenino, tão pequenino..." E amei-o simplesmente...

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

"Mais lindo do mundo!"

Depois de tantas vezes pensar em fazê-lo, por todos os motivos lindos e apaixonados, resolvi começar este blogue no seguimento de algo muito doloroso...

Mas já cá estou, já cá está! Isto vai ser uma estreia enorme, depois de tanto tempo sem sequer me ligar à net! A última vez acho que ainda nem existiam bloggs...
Vou escrever sobre mim e sobre os meus tudo: família, filhos, ideias, ideais, projectos, desilusões e outros tantos!

Aqui em casa somos quatro: a Suzana, o Luís, o Diogo e a Marta.

Às vezes anda tudo em loucura eminente, como se fosse o último dia na terra, com o Diogo a dar a milionésima volta à sala em passo super corrida, a Marta a chorar agarrada feito lapa às minhas pernas, eu a deitar fumo pelas orelhas e o Luís a chegar depois de 12 horas de enorme responsabilidade... BUM! Outras vezes anda tudo exactamente igual, mas ninguem parece importar-se!

Sempre chamei ao Diogo o "bebé mais lindo do mundo e de todos os mundos" e ele, tentando imitar-me, chama-me "a mãe mais linda do mundo não há". Quando nasceu a Marta ele perguntou se ela era o bebé mais lindo do mundo... disse-lhe que ela era "a menina mais linda do mundo". E é! E são! E somos!