segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

2008!


Glitter Graphics - Topglittergraphics

E para quê?!

Fins de semana como este, a vésperas de uma passagem de ano, não deviam existir!
O miúdo está impossível, transtornado, irreverente, refilão, cada palavra cada asneira, gritos, empurrões, beijos de tirar olhos, nha nha nha eu é que mando, faço o que quero, eu é que sei!
E pronto, sai uma palmada, uma estúpida palmada, que não devia ser sequer ameaçada... depois disso chora, chora, acalma-se e adormece. Porquê?
Para ajudar, a miúda esteve 1 semana com aftas imensas na boca, outra semana com tosse monstra e agora finaliza o mês com o rabinho de tal maneira assado, que chora quando faz xixi...
E por isso este fim de semana não há fotos de passeios, de luzinhas ou beijinhos... infelizmente... e com grandes sentimentos de culpa...

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Um vidro nublado

Saiu a correr da cozinha...

"- Diogo, o que estás a fazer? Não te quero aí!"

"- Nada..."

Quando o fui deitar, disse que me tinha deixado lá uma coisa.
Fui ver e realmente não encontrei nada...
Hoje de manhã descobri!



quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Quinta da Pícua













E já passou mais um Natal... adoro esta época!


Volto aos passeios no bosque, às bricadeiras de crianças, às subidas de árvores... agora no corpo de outra pessoa, visto por outros olhos, sentido por outro coração! Volto aqui pela mão do meu filho e é ele que agora corre por estes caminhos...


Está tudo tão diferente! A Quinta da Pícua já não existe, apesar de ainda lá estar... nem a bolsa, nem o poço, nem as árvores de fruto, nem os viveiros cheios de plantas-bebés, nem as vacas leiteiras de olhos enormes que pastavam de manhã cedo...


A casa permanece, emoldurada por cameleiras brancas - lindas- e com os mesmos azulejos, as mesmas escadas que serviram de cenário ao casamento dos meus pais, o jardim magnifico, o mesmo lago de há 100 anos, com as mesmas pedras brilhantes, mas para lá dos muros, tudo diferente... crescem candeeiros no lugar das árvores centenárias! No lugar da minha árvore, da nossa casa da árvore...





Eu era uma das poucas meninas no meio de imensos primos rapazes e adorava as brincadeiras na quinta!
A época natalícia era passada toda lá desde o meio de dezembro até início de janeiro e eram as férias da minha vida! Eram dias inteiros passados a correr pelos caminhos, a evitar os caminhos movediços e as tocas das raposas, a comer a fruta arrancada no momento, a sentir o cheiro verdadeiramente a terra! As chaves roubadas e a entrada na eira e no curral cheio de segredos, de cheiros agoniantes fortíssimos, de grandes portas velhas de madeira com cordas muito usadas a prende-las. O leite quente nos baldes!


E correria de volta para a casa! E que casa! Entramos noutra época, sinto-o sempre. Numa época a que pertenço e que me reencontro com todos os meus antepassados, que usaram as mesmas cadeiras, que pisaram os mesmos tapetes, dormiram nas mesmas camas, olharam os mesmos quadros, pelos mesmos espelhos. Adormeço com os mesmos sons do soalho a ranger e dos passáros nocturnos lá fora, dos roçar dos ramos e das folhas, mas não sozinha, não como filha mas mãe e com a mesma vontade de me levantar, pegar na lanterna e sair na noite, olhar as sombras da lua cheia, com os mesmos olhos, o mesmo coração, a mesma felicidade de há 30 anos!


Tudo está diferente, mas afinal somos os mesmos primos a largar papeis na lareira e correr lá para fora a ver se os vemos sair pela chaminé a arder...
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E como sempre, a imensa Árvore de Natal, cheirosa e brilhante sempre no mesmo local, sempre linda e luminosa, que dá as boas vindas a quem chega para mais uma reunião de família, o Natal de 2007.
FELIZ NATAL!

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Aos 500!



Obrigada a todos os que entraram cá dentro, que deixaram a sua marca ou que passaram a correr! Todos foram bem vindos!

Foi a 8 de Outubro 2007 que começámos e aqui continuarei a vir deixar tudo o que tenho cá dentro, doce ou amargo como a vida é.

Até mais!

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Tira de terça-feira


O Diogo não acredita no Pai Natal...
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Quer dizer, ele sabe que o Pai Natal não existe, mas queria acreditar que existia. Um familiar disse-lhe que não existia e ele veio a medo perguntar-me.
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"- É verdade que o Pai Natal não existe?"
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Respondi com outra pergunta. "- O que tu achas? Achas que sim?"
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"Eu queria que existisse, mas acho que não é verdade..."
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"- O Pai Natal existe se tu acreditares que existe. Há pessoas que acreditam e outras que não."
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(eu nunca acreditei. Eram os pais e os padrinhos que davam presentes, nada mais e não sabia muito bem o que dizer...

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Continuou: "- Mãe, diz-me a verdade... eu acho que são os pais que compram os presentes..."

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Então, a pergunta tão directa, nada mais podia responder... "- Sim, amor, somos nós. Eu acho que não existe, mas nunca se sabe..."
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Li, não sei onde, que se as crianças fazem as perguntas, é porque estão preparados para a resposta.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Desculpe, Pode Repetir?! (II)


E acima de tudo, não entre em pânico! É fácil, siga os passos pela ordem indicada e não mais do que a ordem indicada!
Se não souber ler vá por tentativas, se se esqueceu dos óculos aproxime-se do letreiro e tente ver.
Vá, está a ser má vontade... contar até 4 qualquer criança de três anos sabe!
Ah, isto se for depois das 20 horas! Se for antes dessa hora, não faço ideia, não explicam...

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Há dias assim...


Este fim de semana estivemos nos jardins da Gulbenkian. Maravilhoso! É incrível como se está no meio de Lisboa, junto à Praça de Espanha, por onde passam milhares de carros por dia... ninguém diria!

Lagos, recantos isolados, mesas e bancos propiciam a um lanche ao ar livre, a um espreguiçar ao som do canto dos pássaros. Aqui e ali um grasnar mais agudo, um restolho indescobrível e um silêncio só quebrado por uma viola que ia parando e compondo aqui e ali. E que lugar perfeito para isso!






No fim do dia a surpresa! Centenas de luzinhas fazem as despedidas aos visitantes! "- É magia!" repetia o Diogo, de cara vermelha e olhos brilhantes, a correr no meio delas!

Tira de Terça (VI)



Adoro esta tira! Apesar de não se notar, está em português do Brasil. Perdeu uma pequena palavra e com ela uma pequena dose da piada, mas mesmo assim é adorável!

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

O Ontem É Hoje E O Amanhã Já Foi...


Pai e Diogo, algures em 1978
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Eu tinha quase 4 anos quando o meu irmão mais novo nasceu. Não me lembro de nada... nem da barriga da minha mãe, nem do nascimento, nem das possíveis noites mal dormidas, dos choros ou do berço... de repente, ao escrever isto, lembrei-me do berço! Azul escuro, ao lado da cama dos pais! Era ali que ele dormia! E que dormimos os 3...



Acho sempre estranho ver as fotografias na clínica, eu a olhar para dentro do berço, a olhar para ele e não me lembro de nada! Eu com um grande sorriso abraçada a ele no jardim em baixo de nossa casa e nada disso na minha cabeça... estranho...





Tenho uma memória vaga, a nossa mãe a pôr-lhe a fralda de pano, com imenso cuidado com o alfinete e eu deitada ao lado a ver, a dar o pó de talco...




O meu irmão mais novo cedo se mostrou um miúdo mais velho, mais responsável (eu dizia que ele era a "ovelha branca da família") e cedo saiu de casa, foi estudar para o norte, passou a fronteira e outras fronteiras e mais outras...




Ele estava longe quando nasceu o meu filho e quando, poucas horas depois, por telefone lhe disse que se iria chamar Diogo, ouvi um silêncio, uma voz meia embargada... O meu irmão também se chama Diogo!


Mãe e Diogo, algures em 1978

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Hoje recebi um email dele, referindo-se ao meu blog: "Ao ver a tua foto com o Dioguinho, lembrei-me de te enviar estas, que estão no lote das minhas preferidas. Talvez vejas algumas semelhanças."




Talvez...

sábado, 15 de dezembro de 2007

Ontem Recebi Uma Prenda!


O presépio que o miúdo fez na escola! Lindo!

Todos os dias, assim que acorda vai a correr vê-lo, mas como tive de o pôr num local alto (contra quedas acidentais marcianas...), trás um banquinho com ele...

É assim a nossa árvore, cheia de enfeites comprados ao longo de muito tempo, com figuras de presépio para pendurar que fui encontrando e agora também com desenhos, pais natal pintados na escola, uma fotografia da família cheia de brilhantes e uma estrela acabadinha de fazer! Só faltava mesmo a santíssima família!

A Minha Verdadeira Árvore de Natal...



Reflectindo sobre um post num blog amigo, percebi que a nossa Árvore de Natal está bem perto de nós o ano todo. Sempre montada e enfeitada, cheia de luzes a brilhar, bolas de todas as cores e com uma enorme estrela bem no topo!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Filhos do Coração


Foi ontem o lançamento deste livro, de Alexandra Borges e Luís Figo, com ilustrações de Ana Cardoso!


Conheço a Alexandra e há bem pouco tempo falámos sobre a sua reportagem “Infância Traficada – as crianças escravas do lago Votta”. Comentei que já tinha tido conhecimento daquele horror antes e que pensava "e ninguém faz nada??"


A Alexandra Borges fez! E sei que até faria mais, se fosse possível... e que vai fazer!


É uma prenda que definitivamente vai aparecer no meu sapatinho e no de alguns amigos!

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Parabéns Avó!




A minha avó Marita nasceu a 13 de Dezembro de 1903, no Funchal, ilha da Madeira.
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Lembro-me dela assim, sempre com o seu cabelo muito macio e impecávelmente apanhado num coque, sempre vestida em tons que iam do azul ao roxo, com sapatos de salto bem grosso, com passadas sempre decididas.
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Tenho imagens gravadas na cabeça: eu sentada num banquinho na cozinha a comer bolachas corintias e ela de costas - talvez a cozinhar - a dizer que eu só comia o que não devia, do armário onde guardava as folhas de hostia com que fazia os doces madeirences e que eu adorava comer, do caderno de receitas, do bolo de mel que "se parte aos pedaços com a mão nunca com a faca", da sala tipo museu com a harpa a meio onde ela recebia as amigas para o chá. Entrava-se numa outra época naquela casa.

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A minha avó morreu em 1993, a 22 de Março, em Lisboa. Parece que foi ontem.





quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

3 Graus Negativos...


Amanheceu gelado, este dia. Um frio que entra por todo o lado, que se sente só de olhar pelo vidro e que arrefece cá dentro.
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Fui deixar o miúdo mais cedo na escola. Hoje têm passeio. Dezenas de carros, pares e pares de crianças e pais apressados, muitas mãos dadas, sacos nas mãos, uma correria... e um frio que me enche a alma...
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Baixo-me, quase me ajoelho, e recebo um beijo à esquimó quentinho e um abraço ainda morno da cama, e o cheiro do meu filho entra-me pelas nariz e chega bem fundo, bem no meu coração.
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Vejo-o de costas, a ir embora, sem olhar para trás e percebo que o dia afinal não está assim tão frio!

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Desculpe, Pode Repetir?!

Portanto, o dentista dá uma bofetada às crianças para as acalmar?!

E o tribunal concorda?!

O tribunal podia ir ao a este dentista... e levar os seus filhinhos...

SOS Natal com os Sem-Abrigo


"O armazém onde a Comunidade Vida e Paz tinha guardado alimentos e bens a distribuir no jantar de Natal do próximo fim-de-semana foi assaltado.
Entre os bens roubados contam-se comida embalada recolhida pela associação para confeccionar as 4500 refeições que prevê distribuir durante os dias 14, 15 e 16, nos jantares organizados na Cantina 1 da Universidade de Lisboa e de inúmera roupa que seria distribuída durante a acção de solidariedade, nomeadamente “centenas de pares de meias novas” recolhidas durante uma campanha que decorreu a nível nacional.


No seu sítio na Internet, a Comunidade Vida e Paz revelava que até ao final de Novembro tinham sido recolhidos 12 mil pares de meias.


Apesar do assalto, a associação pretende levar por diante o jantar de Natal, apelando, por isso, à solidariedade dos lisboetas, para que nos próximos dias seja possível recolher os bens alimentares para confeccionar as refeições previstas.
“Precisamos da ajuda de toda a gente”.


A Comunidade Vida e Paz é uma instituição particular de solidariedade social, tutelada pelo patriarca de Lisboa, e tem por objectivo apoiar os sem abrigo da capital."
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Eu conheço a Instituição em questão e faz um trabalho de louvar! Nem posso acreditar que haja alguém que vá assaltar um armazém cheio que solidariedade, de amor ao próximo e de fraternidade. Assusta-me até pensar nisso, mas aconteceu. É o mundo onde vivemos, infelizmente.
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Eu não tinha, efectivamente, contribuido e tenho uma 2ª oportunidade para o fazer. Vamos?
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Mantimentos urgentes:
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Esparguete – 100kg
Massinhas (para a canja) – 200 kg
Massa (macarrão) – 50 kg
Arroz – 200 kg
Ovos – 100 dúzias
Óleo – 180 litros
Azeite – 100 litros
Bolachas – 100 pacotes
Bolos secos – 250 kg
Sal – 80 kg
Margarina – 30kg
Leite com chocolate – 150 pacotes individuais
Leite normal (pacotes de litro) – 800 litros
Tomate (pelado/polpa) – 10 latas de 3kg
Abóboras – 35kg
Cebolas – 50 kg
Cenouras – 50 kg
Ervilhas – 50kg
Hortaliça – 50kg
Nabos – 50kg
Pimentos -50kg
Repolho – 50kg
Salsa – 10 molhos
Coentros – 10 molhos
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Sede da Comunidade Vida e Paz
Rua Domingos Bomtempo, 7
1700-142 Alvalade – Lisboa

Donativos monetários: Caixa Geral de Depósito NIB: 0035 0675 00035284 63068

Tira de Terça-Feira (V)


Quem ainda não viu este filme, ponha o dedo no ar...

Esta tira já é do mais recente livro Baby Blues editado cá. Sem querer fazer publicidade, é um excelente presente para alguém que tenha filhos pequenos ou que esteja à espera de os ter! Fica aqui a sugestão!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

SOS Racismo

Não sei se já o tinha dito aqui, mas sofro de um grande mal... sou preconceituosa! Tenho preconceitos para com quem acha, por exemplo, que o tom de pele faz alguma diferença.

O "eles" e o "nós" fazem-me ficar logo mal disposta e com vontade de pegar numa lata de tinta e desatar a pintar quem o disse, da cor trocada! Quem dera ser possível! Ia mudar muitas cabeças, com certeza!

E como o SOS Racismo faz (só?) 17 anos de existência, gostaria de mandar daqui um parabéns do tamanho da blogosfera e convidar a fazerem o mesmo aqui!

domingo, 9 de dezembro de 2007

Lagarto pintado, quem te pintou?


Um domingo tristonho se aproxima, ameaça chover, o que fazer?


Nada como terminar projectos que teimam em manter-se na gaveta... este será o cenário do nosso presépio!
Vai estar pronto antes de 25!


Devo ter herdado isto da minha tia, adoro fazer trabalhos com os miúdos!
Vê-los a descobrir as cores, a criar texturas e formas, a tirar prazer no meio das tintas e a ficarem todos pintados, faz-me sorrir.

Adoro trabalhos feitos por miúdos, verdadeiros, toscos, com ares de inacabados!!!


Como diz o Diogo: "Toma, um desenho meu com uma riscanhada da Martinha!" A-D-O-R-O!


sábado, 8 de dezembro de 2007

As Pinturas Rupestres


E como já sou mãe de um outro miúdo dado às pinturas rupestres, a minha última aquisição foi uma embalagem de canetas laváveis!

Já não me apanham de joelhos, com um esfregão palha-de-aço numa mão e um super detergente na outra!


Mas não limpo as pinturas que aparecem no quarto dos artistas. Acho que não é correcto. Afinal estamos a falar de crianças criativas com uma enorme tela disponível no seu espaço....
Esta foi um dueto dos manos...


As pinturas rupestres do Diogo ainda lá estão, com a mãozinha dele a assinar! Voltarei aqui para deixar uma merecida homenagem.




sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

O inexplicável poder dos sentidos!



Hoje estive à caça de presentes de Natal...

A minha lista não é grande (contrasta com a enorme família), mas toma-me muito tempo, pois gosto de oferecer o presente que tenha realmente a ver com cada um. É assim que decido os meus presentes: penso primeiro, encontro o tal na minha cabeça e depois passo o mês de Dezembro à procura. Hoje dediquei o dia à criançada!

Para a minha Martinha decidi oferecer uma alcofa, com almofada e lençóis para deitar os "bibis" dela. É uma mãe extremosa e sei que vai ficar cor-de-rosa de felicidade a deixar sair aqueles risos que contagiam!

Comecei logo com dificuldades... basicamente, não há camas para "bibis". Há carrinhos, cadeiras de passeio ultramodernas, banheiras de todo o género, cadeiras quase homologadas para automóveis, roupas de marcas fantásticas, conjuntos inteiros para neve, carros a motor, trotinetes, bicicletas, trolleis com tudo num só e sei lá mais o quê! Têm camas que parecem verdadeira incluindo uma de viagem(!), mas uma alcofinha para deitar bonecas, nada!

Passei umas duas horas às voltas nos diferentes espaços que vendem brinquedos e sempre com uma sensação de regressão, de um voltar no tempo, de estar outra vez nos primeiros anos... não percebia... há 5 anos que compro prendas para o Diogo e nunca tinha sentido esta nostalgia. Quando dei mais uma volta no corredor repleto de bonecas, nenucos, babys não sei quê, que cantam, falam, riem e dão cambalhotas, entendi!

O cheiro único, inconfundível das bonecas! Da borracha das bonecas, mais concretamente! É um cheiro adocicado, macio, que parece que emana um pó muito fino, que dá vontade agarrar e pôr na boca, morder, roçar a cara, embalar e deitar na alcofa!

Por tudo isto, e em memória das minhas bonecas, deixo aqui um
sítio a visitar agora e também pessoalmente, para levar as nossas filhas sempre que for necessário, tal como o meu pai fez comigo e como eu irei gostar de fazer com a minha filha.

nota: A fotografia foi encontrada aqui

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Para o Nuno e a Ana!


A 22 de Setembro o meu primo adorado Nuno casou com a também adorável Ana! Foi um casamento fantástico e eles não podiam estar mais felizes!
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Em vez das prendinhas que não servem para nada e que vão parar ao primeiro canto escuro que encontrarem, resolveram dar uma coisa especial!

Trazia um cartãozinho que dizia assim:
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_______________ "Para pôr a enfeitar
_______________ Numa árvore especial
_______________ Assim podemos ficar
_______________ Convosco cada Natal"

Aqui está! Ficou realmente uma árvore especial! Beijinhos e até dia 25!

Estou de volta!

Depois de uma paragem forçada, parece que estou de volta! Parece...
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Certo dia, depois de uma noite bem dormida, liguei o computador e tlim, pedia-me uma password...
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"- Password?! Mas eu nunca inseri nenhuma!"
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Inquiridas as pessoas que moram nesta casa, percebi que nenhuma era culpada, nem a miúda, que adora vir aqui carregar nas teclas tão rápido quanto consegue, sempre a olhar para o lado a ver se vai ser apanhada!
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"- Estranho, nem aceita nada!"
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Solução: levar ao médico!
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Lá fomos nós aos serviços técnicos da marca T, mesmo aqui ao pé, certos de que Sua Exa. o Sr. Infomático iria perceber e sanar o problema... Contada a história, de que o PC pedia uma password que nunca tinha sido inserida, que devia ser um erro qualquer, que nunca, em tempo algum tinhamos inserido uma palavra-passe (não fosse Sua Exa. não entender ingês) lá ficou o nosso pequeno, mas precioso portátil, com uma sentença de provável morte com uma formatação de disco... mas que iria correr bem, que iriam fazer um backup, que não ia custar nada, que não iamos perder a informação.
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Não sei se já disse, mas por vontade divina, sempre que se ligava o computador, era pedida uma password que nunca tinha sido inserida... era só para confirmar, não fosse não o ter dito...
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5 dias depois recebemos um telefonema de Sua Exa. o Sr. Informático a perguntar... qual era a password para poder entrar e começar a resolver o problema... comecei a duvidar do profissionalismo e da sanidade mental desta gente, mas resolvi não dar uma de Joe Berardo e pacientemente expliquei, não sei se já disse, que o problema era precisamente esse... não há password porque nunca foi NENHUMA inserida!
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Novo contacto para nos dar a notícia de que não entendiam o problema e que nem conseguiam salvar a informação que lá estava e que teriam de proceder à formatação do disco... puf...
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Resultado, quando o fui buscar percebi que o problema era que "provavelmente, devido a uma forte pancada", o disco saiu do lugar e um dos pinos ficou para dentro (ou para fora) e que só perceberam isso depois de o formatarem todinho, depois de eu perder toda a informação que lá tinha, depois de terem feito o que só se deve fazer depois de gastas todas as hipoteses...
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Eu não sabia que o disco sai do lugar e que tem uns pinos que podem ir para dentro (ou para fora), mas acho que eles deviam saber...
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Claro que nunca mais me apanham noutra, que já comecei a fazer backups!

Tira de Terça-Feira (IV)

Nada como pisar folhas secas num solarengo dia de Outono...

Melhor do que isso só mesmo remexer na areia da praia, com o ouvido encostado à toalha, num belo dia de verão...

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Eu Acredito! Força Portugal!



Esta foi tirada no Euro 2004, no jogo com a Holanda! Com um amigo, um irmão e um marido!


Acreditei até ao fim, não sei bem em quê, mas acreditei...



E hoje volto a acreditar! Gosto do Scolari, incomodou-me a cena do semi-soco, e adorei a onda da bandeira durante o Euro!

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E vamos voltar a essa onda. Não sei se com o seleccionador actual, mas...



Quase de volta às lides ciberneticas, espero que o meu pc esteja pronto amanhã, depois deste coma em que entrou! Passaram-se quase 15 dias e foram dias super importantes, dignos de serem blogados!



O meu filho fez 5 anos, teve uma festa óptima, cheia de amigos e família, e adorou!

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Voltarei! Talvez já amanhã...

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Tira de Terça-feira (III)



Há já uma semana que não ponho aqui os pés... ou melhor, os dedos!
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O stress apoderou-se de mim! O Diogo vai fazer 5 anos e a organização da festa está ao rubro! Para ajudar a loucura, o meu pc pifou dos neurónios e bloqueou o sistema... dá imenso jeito, quando se está a organizar tudo pela internet...

A tira de hoje deveria ser alusiva a isso, mas a escassez de tempo não ajudou... pelo que hoje ponho aqui uma linda tirinha, que em tudo me lembra a minha casa com o meu filho que amo de paixão, nos bons e nos menos bons momentos, por vezes muito cansada de o tentar "domar", outras vezes roxa de orgulho de ter o filho mais esperto do mundo, em que sempre o acho lindo, com uns olhos que mostram a alma, com os beijinhos que diariamente damos nas mãos um do outro para guardarmos no coração. Com asneiras tão óbvias que fico à beira da loucura por ele as repetir, repetir... As paredes do quarto todas desenhadas, qual pintura rupestre, com o decalque da mão dele com 3 anos (como irei levar esta parede para a casa nova?) e os beijinhos que me dá para me acordar!
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E com as perguntas tão claras e simples que só ele sabe fazer...
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"-Mãe, o que está aqui por baixo de nós?"

"-É a terra, a lava e as rochas. Já te expliquei, lembraste?"

"-Sim, mas não é isso! Por baixo disso! O que está depois da lava e da terra e das rochas? Sabes mãe, do outro lado?"

O meu filho de quase 5 anos percebeu que a terra é redonda e que se nós estamos aqui, quem está lá do outro lado da "bola"?...

Fui comprar um atlas...

Até mais!

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Tira de terça-feira (II)

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Deve ser o livro a comprar quando se descobre que se está há espera de bebé. Antes mesmo dos tradicionais manuais "como ser mãe em 22 lições"...
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Durante a minha primeira gravidez, o meu marido esteve 2 meses em casa a recuperar de uma intervenção cirúrgica, a maioria do tempo deitado. Rimos tanto, que correu o risco de rebentar os pontos!
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Vale mesmo a pena! Já vai no 21º volume, mas nos EUA já saiu o 22º.
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Estamos há espera!

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

DEBAIXO DE ÁGUA


Nada melhor do que um mergulho para retemperar! Mesmo se esse mergulho for por detrás do vidro...

E lá fomos nós, todos contentes, ver o Peixe-Lua! Era esse o grande interesse do Diogo! Tínhamos lido um artigo sobre este peixe e ele estava muito curioso.

Para mim, que o fundo do mar é algo transcendentemente lindo, onde efectivamente estamos noutro mundo e em que o tempo tem outro tempo, adorei partilhar esta minha paixão com os meus míudos! Pena é a qualidade das fotografias, mas com um telemóvel não se pode fazer melhor...

Tenho amigos que me dizem que estas coisas devem ser só vistas por crianças mais velhas, que não vale a pena porque com estas idades nem se vão lembrar, mas penso precisamente o contrário! Provavelmente o Diogo e, sem dúvida, a Marta daqui a 1 ano não vão ter memória deste passeio, mas acredito que vai permanecer nas suas cabeças e que os vai ajudar a olhar para o nosso mundo de maneira diferente.


A Marta, sempre carinhosa, com a cara encostada ao vidro do tanque principal, à espera que o "pesse" lhe viesse dar um beijo, trouxe-me lágrimas aos olhos e penso que me revi ali, há 35 anos atrás, em qualquer sítio semelhante... talvez no Aquário Vasco da Gama...

E o Diogo, com a sua energia electrizante, sempre a querer outra coisa, sempre a correr para ver tudo, sentado no chão, sem falar, quase sem respirar, só a olhar para aquele azul imenso... Os meus amigos que me desculpem, mas vale mesmo a pena!

A Tristeza e a Alegria andam de mãos dadas, lado a lado como gémeos siameses, e assim que pensamos estar a ver uma, estamos realmente a olhar para a outra!

Uma óptima semana para todos!


sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Tristeza


Hoje estou triste.

E mais triste estou por ir começar, triste, um fim-de-semana.

Estes dias deviam ser felizes, com momentos revigorantes, cheios de ternuras e carinhos, de enamorados enamoramentos, de paisagens em quentes azuis e risos de crianças... gargalhadas suaves que vêm de dentro de almas puras, que crescem até contagiarem tudo à volta.

Espero conseguir sorrir por dentro, nestes dois dias, para poder sorrir por fora. Espero que as perguntas simples do meu filho e o amor sem cobrança da minha filha sejam mais poderosos do que a tristeza que hoje sinto.

Hoje, véspera de um fim-de-semana...

quinta-feira, 25 de outubro de 2007


No domingo, depois de um passeio à beira rio com os miúdos, resolvemos fugir ao trânsito que se adivinhava depois de mais um dia soberbo e subimos em direcção à 2ª Circular.
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Na Av. Santo Condestável tivemos esta visão.
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São os resquícios de mais uma feira do Relógio...

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

A Verdade Nua e Crua

Ontem levei o meu filho mais velho (são quase 5 anos!) à exposição do Corpo Humano. Hesitei muito tempo por achar que o podia impressionar, que poderia não ser para a idade dele, mas ao falar com uma amiga que me contou como era, decidi ir!
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E ainda bem! O Diogo adorou! Não faço ideia se foi a exposição mais indicada (para a próxima vai ver marionetes...), mas ele andava de um lado para o outro, a ouvir a explicação no gravador, chamava-me para ver os "corpinhos" que lhe despertavam a atenção a perceber o porquê de certas coisas do seu próprio corpo. No final quis fazer um desenho, que lá ficou, a ilustrar o que tinha visto. Desenhou o "corpo todo cortadinho aos bocadinhos fininhos" e ele próprio, inteiro, a observar.
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Hoje é o último dia desta exposição e vale mesmo a pena! Para quem achar que se vai impressionar, talvez vá, mas também vai aprender, sentir e ver "tudo o que temos cá dentro".
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Nota: Comprem os bilhetes pela internet. Evitam a fila que está para a bilheteira...

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Eu tenho um calvin dentro casa

Terça-feira, dia de tira! Esta saiu no Público em 2005 e ofereci-a ao meu marido para a pôr na secretária e pensar no que realmente estava a perder quando estava a trabalhar...

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Memórias II

Como estava a dizer no post anterior, a minha amiga e eu somos totalmente diferentes... e claro, ela não é a lamechas desta relação!
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Ficou toda sentimental e arrepiada com a declaração de amizade que lhe fiz, e "que não devia escrever isto aqui sem a avisar", blá blá blá, blá blá blá...
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O que ela queria que eu dissesse era isto:
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"Rosete (numa clara alusão aos Taxi e às vezes em que, em miúda, me empoleirava no muro da quinta dos meus avós a olhar para a tal casa de meninas...), és altamente, uma gaja impecável e não sei o que seria de mim sem ti!
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Passámos por muita coisa, mas saímos sempre mais fortes e somos hoje o que vivemos ontem. Foram para aí uns 15 anos de saídas, copos, risos, choros, passeios, viagens, noitadas, directas com idas à baixa, de Sherlock Holmes, de conversas sem fim, de ombros, conquistas, asneiras e imensas confidências!
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Vá, agora não te ponhas "praí" a fungar, arrasta as pantufas e vai lá, de cigarro na mão, buscar o lenço que há-de andar por aí bem pertinho! E diz: "-Esta gaja tá parva!"
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Boa noite! Quarta-feira está quase a chegar!

domingo, 21 de outubro de 2007

Memórias

A navegar encostei num cais e encontrei este post... cheguei a um lugar onde não estava há muito...

Obrigada, papi, por me teres oferecido este livro! Era tão pequena que as memórias chegaram meio turvas, meio misturadas. Lembro-me de o levar para toda a parte, de o dobrar para caber nos bolsos e de o mostrar a quem o merecia, de o riscar quando me zangava, de me rir e de chorar com ele. Um dia deixei de o querer... nem sei onde andará...

Fez-me pensar na minha amiga. Quantos anos são? Temos sempre dificuldade em ver há quantos anos foi o quê e fazemos as maiores confusões. Deve ser por parecer que estivemos sempre ali, e que tudo se passou com uma e com a outra!

Mas estiveste aqui, nas minhas maiores alegrias e nos meus momentos de grande tristeza, em que não sabia se continuava, em que respirava só porque estava viva e só andava porque caminhavas a meu lado. Ainda há pouco dividi contigo uma grande perda...
Mas iremos continuar, tenho a certeza, a suportar nos próprios ombros as dificuladades da outra, a vibrar com os grandes pequenos acontecimentos e a começar as frases a meio do pensamento sem precisar contextualizar!

Somos tão diferentes, pensamos muitas vezes de maneiras tão opostas, que acho ser isso que nos torna "uma alma com dois corpos".

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

E quem pode não gostar?






O Diogo deitado no sofá, de pijama, ar ensonado, com a mana sentada coladinha a ele, afirmou esta manhã:

"- Sabes mamã, eu gosto muito de mim!"

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

O tempo não para

A Martinha começou há dias a juntar palavras, a dizer frases! Assim mesmo, apontou e disse!

Eu, babadíssima, bati palmas, abracei-a e massacrei-a com beijos barulhentos, com um "- ai és tão linda!"...

O mundo dela começou a abrir-se! Deixou de ser só ela (e eu) e começou a interagir de uma forma totalmente diferente com as pessoas e com as coisas. Tem quase 19 meses...

Ah, a frase linda, maravilhosa e única que gerou esta alegria toda foi "- Mamã xixi"... Pois...

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Vamos olhar com olhos de ver!

" - Uns pais cuidadosos, que tinham sempre o filho pequeno debaixo de olho, entraram numa loja. Queriam comprar algo e começaram a falar com o vendedor. O filho de 3 anos saiu e foi para um pátio, aparentemente seguro, brincar. Ficou sozinho. Viu, em cima um móvel, uma garrafa com um Xis desenhado e com líquido lá dentro. Escalou até lá cima... Bebeu o líquido. O liquido não se devia beber. O líquido era muito venenoso e perigoso. A criança acabou por morrer por causa desse líquido."

Foi assim que respondi ao Diogo quando me perguntou o que tinha acontecido ao menino de quem se falava na televisão. Ele retorquiu: "- Então não devia estar lá essa garrafa! Devia estar num armário alto fechado!". E digo eu: " - Pois é, amor, pois devia, mas não estava... por isso te digo sempre que nunca deves beber nem comer nada sem ser a mamã a dar." E continua ele: " - Pois, como ontem no café, quando bebi daquele copo que estava em cima de uma mesa! Estava cheio de sede..."

Eu não percebo nada de leis, de processos jurídicos, de acordãos ou sentenças. E como tal não sei quem, por lei, deveria ter sido condenado, mas tenho a certeza de quem se sente culpado. E não são só essas duas pessoas, são também as outras... o único que tenho a certeza não ter tido culpa nenhuma não está aqui. Infelizmente.

Só nos resta, a todos, a cada um de nós, aprendermos com este acontecimento dramático...

Até já

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Pequenos nadas que fazem tudo

Estava eu a tentar coser (sou uma nódoa!) um puff enorme, cheio de bolinhas de esferovite, que o Diogo, com o seu milesimo salto, conseguiu fazer um buracão, quando reparei na Martinha...

Quase 19 meses, espertíssima e observadora (não fosse eu a mãe) e irmã mais nova de um miúdo chamado eléctrico, estava sentada no chão a calçar sapatos alheios (tarefa que lhe toma 75% do tempo). Então pegava no sapatão, estendia o pezinho mínimo e limpava-o com a mão antes de o calçar. Exactamente o que eu lhe faço sempre antes de lhe calçar os sapatos...

Passamos talvez mais de metade do tempo que temos para estar com os nossos filhos a ralhar, a dizer para irem arrumar os brinquedos, para comerem a sopa, e o segundo prato, e a fruta toda, para pararem de gritar, de saltar, de falar, e que já chega de televisão e de sei lá mais o quê e se repararmos bem, basta dar o exemplo! Sim, claro já sabemos e até estamos sempre a dizer isso, mas será que o fazemos? Será que seguimos o exemplo que dizemos para eles seguirem?

Resolução do dia: Falar mais baixo com os miúdos! É que o Diogo grita tanto...

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Segurança acima de tudo

Sim, já sei que sou meia fanática e hiper preocupada com a segurança das crianças, mas se não o fizer por elas, quem o faz?

Na praia tento ler um livro, mas como passo o tempo a levantar a cabeça à procura dos meus doces, leio sempre a mesma frase, por estar sempre a olhar para todos os lados nunca me bronzeio na cara (há-de ter os seus benefícios!) e nunca mais, em 5 anos, tomei um banho de mar descansada...

Nos parques nunca perco os miúdos do meu ângulo de visão, fiscalizo o estado dos divertimentos, procuro pontos perigosos...

Piscinas sempre com protecção! Braçadeiras nos braços 24 horas e dois olhos em cima constantemente!

O chapéu é sempre obrigatório, mesmo que tape os olhos!

E no automóvel viro uma fera! Não há brincadeiras de tirar braços dos cintos, se não há cadeira não há passeio, miúdos virados para trás até aos 2 anos (isto faz uma confusão à maioria...), telemóveis nem pensar (o meu marido arrisca-se a que eu o denuncie às autoridades competentes...) e só muito de vez em quando cedo ao meu filho e deixo-o descer e subir no meu colo uma rua sem transito, sem saída, sem carros...

Hoje vejo uma mãe recente com o seu filho ao colo, a apitar toda contente, a alguma velocidade, rua abaixo, na curva, um outro carro a sair do estacionamento, travagem brusca, grande susto, mas só susto... E se não é só susto? Será isto necessário? Será aceitável?!

terça-feira, 9 de outubro de 2007

o dia em que eu saí de mim

Andava a ver o youtube (foi a minha primeira vez!) e encontrei montanhas de vídeos com nascimentos. De pés, de cabeça, de 1, de 4, com ou sem cortes, por um lado ou pelo outro, com 2 ou mais patitas, com ou sem gritos, com ou sem dor...
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O dia em que o meu filho nasceu foi o dia em que eu saí de mim, andei por aí a absorver qualquer coisa e depois voltei. Durou um nanossegundo, durante o atirar da cabeça para trás, fechar e voltar a abrir os olhos.
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Já não sou a mesma pessoa. Quer dizer, sou, mas não sou! Agora aquele bocadinho também era eu e a olhar para ele, olhava para mim.
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Sempre acreditei que a dor de parto é uma dor psicológica que se torna física. Que se pode tornar insuportável, não duvido, mas que começa por um grande medo... de ter dor! Em miúda alguém me contou que em África há sociedades em que a mulher quando sente que o bebé vai nascer, se afasta da aldeia, escolhe uma árvore, e dá à luz ali debaixo, sem ajuda, sem gritos de dor... pensei que o meu dia chegaria e eu iria confirmar esta "fábula"...
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Depois de uma noite mal dormida, em que sonhava que me estava a aparecer o período, às 10h da manhã pus a hipótese... trabalho de parto... 3 horas mais tarde entrei no hospital. A meio encontrei-me com o tal medo e pedi a epidural! Não era necessário, bem sei, mas o MEDO... tomei uma dose pequena, de teste, para ver o que acontecia e às 17:22 nascia o meu Scopianito! Dia 10 de Novembro de 2002! Foi a data da minha revolução!
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Quando o vi sair de mim, um rapaz, só dizia "- tão pequenino, tão pequenino..." E amei-o simplesmente...

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

"Mais lindo do mundo!"

Depois de tantas vezes pensar em fazê-lo, por todos os motivos lindos e apaixonados, resolvi começar este blogue no seguimento de algo muito doloroso...

Mas já cá estou, já cá está! Isto vai ser uma estreia enorme, depois de tanto tempo sem sequer me ligar à net! A última vez acho que ainda nem existiam bloggs...
Vou escrever sobre mim e sobre os meus tudo: família, filhos, ideias, ideais, projectos, desilusões e outros tantos!

Aqui em casa somos quatro: a Suzana, o Luís, o Diogo e a Marta.

Às vezes anda tudo em loucura eminente, como se fosse o último dia na terra, com o Diogo a dar a milionésima volta à sala em passo super corrida, a Marta a chorar agarrada feito lapa às minhas pernas, eu a deitar fumo pelas orelhas e o Luís a chegar depois de 12 horas de enorme responsabilidade... BUM! Outras vezes anda tudo exactamente igual, mas ninguem parece importar-se!

Sempre chamei ao Diogo o "bebé mais lindo do mundo e de todos os mundos" e ele, tentando imitar-me, chama-me "a mãe mais linda do mundo não há". Quando nasceu a Marta ele perguntou se ela era o bebé mais lindo do mundo... disse-lhe que ela era "a menina mais linda do mundo". E é! E são! E somos!